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Recorde do ano

Havia alguma expectativa de conseguir um tempo bom no Circuito das Estações Etapa Primavera em São Paulo. A prova acontece no último domingo e estava lá novamente para correr os 5 km. Em julho, fiz a Etapa Inverno e o tempo não foi exatamente o que eu queria. Foi o possível, mas não o ideal.

Tudo se encaixou e voltei para a Etapa Primavera. Optei novamente pelos 5 km porque o percurso seria o mesmo. Como corro pouco em São Paulo, repetir o percurso não seria algo tão ruim. Na verdade, gostei disso porque já sabia o que me esperava, sem surpresas inclinadas.

Esta etapa, embora tenha o nome de primavera, emulou um pouco o verão. A temperatura em si, nos números, não estava tão alta às 8 horas, quando larguei, mas estava bem quente. Como fiz 5 km, o sofrimento pelo calor não foi tão grande.

A largada é em uma boa descida. Larguei no Pelotão Quênia, o que facilita um pouco na questão de pessoas na frente atrapalhando. Na verdade, eu que devo ter atrapalhado os mais rápidos. Mesmo assim, havia certa aglomeração. O que não foi ruim porque deu uma segura no ritmo na descida. Exagerar no ritmo inicial poderia cobrar o preço mais na frente.

Optei por olhar o Garmin a cada parcial de 1 km, quando ele apitasse. Fui na sensação de esforço, torcendo para acertar no ritmo. Mesmo com um pouco de trânsito até chegar na Avenida Pacaembu, o ritmo do 1º km ficou em 4:45. Achei bem razoável e não me sentia cansado. Fiquei até surpreso. Pensei que estava correndo mais lento.

Como o resultado foi positivo, tentei manter o ritmo. O 2º km ainda tem uma descida leve. Deve ter ajudado em fazer 4:40. Sabia que até ali teria um bom desempenho. Depois, já tinha ideia do elevado que me esperava. Sobe, desce, retorna, sobe e desce. Não é uma subida muito inclinada, mas quebra o ritmo.

O 3º km saiu em 4:59 e já sentia mais cansaço. Fiquei contente de ainda ter feito abaixo de 5, mas as forças já não eram as mesmas. Se a ida tinha uma boa descida na largada e uma leve descida em seguida, a volta seria o contrário. Já meio cansado, a sensação de esforço era um tanto desagradável. O 4º km saiu a 4:54, uma grata surpresa frente ao que estava sentindo.

Faltava o último e derradeiro quilômetro, mas todas as minhas parcas forças estavam se esvaindo. Sabia que era a pior parte. Leve aclive com a chegada na Praça Charles Miller com uma baita subida. Não é legal as provas do Circuito acabarem ali. Se você depender do último quilômetro para algo, pode esquecer o tempo.

Cansado, subindo, não consegui muita coisa. Fechei o 5º km em 5:04. A sensação de esforço era de que ia sair algo perto de 5:30. Pela expectativa, a realidade foi muito boa. Por fim, foram mais alguns metros no GPS e fechei a corrida com 5,04 km no Garmin e tempo de 24:35. Como parei o relógio um pouco depois do portal, esperava ganhar alguns segundos.

O recorde do ano nos 5 km era 24:33 na Meia de Brusque. Lá o relógio marcou 5,00 km. No tempo líquido do Circuito, a boa notícia: fiz 24:32 e consegui a melhor marca de 2017 na distância. Em comparação com a Etapa Inverno, melhorei em 2 minutos. Lá tinha feito 26:32.

Então, por um segundo estabeleci o SEASON BEST. Espero que ele seja provisório. Tem mais algumas provas de 5 km mais para frente, mas fiquei feliz de ser o segundo sub 25 do ano e melhor marca. Gostei do desempenho até o 2º km. Poderia ter ido um pouco melhor no retorno, mas faltou perna.

Não sei se foi o calor ou se ainda não estou no nível de manter o ritmo mais constante, sem oscilar para cima. De qualquer forma, saiu o sub 25. As subidas podem ter contribuído também. Apesar de não serem nada absurdas, correndo mais forte senti mais. Estou treinando só no plano. É até normal não desenvolver tão bem subindo. Amanhã volto aos treinos em busca dos 5 km perfeitos, na medida do que for possível.

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