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O São Silvestre

Hoje é o último dia do ano. Para quem corre, o último dia também significa que vai ter a São Silvestre. Fizemos o PFC 127 sobre a prova. Escutem lá. Ficou muito legal. No podcast falei um pouco do que penso sobre a prova. Agora vai ser a parte escrita. Já tive oportunidade de ir duas vezes na São Silvestre, em 2011 e 2012. Quando a gente não corre, talvez a única corrida que conheçamos seja a São Silvestre. E nem sabemos bem como é. Só se sabe que a Globo passa, tem um monte de gente fantasiada e com faixas querendo aparecer e que algum queniano vai vencer, embora sempre espera-se que algum brasileiro vai quebrar a hegemonia dos africanos, coisa cada vez mais rara.

Depois que passamos a correr, a São Silvestre, por tudo que a envolve, meio que vira um objetivo. Pelo menos comigo foi assim. Eu queria ir por tudo que tinha visto antes de começar a correr e pelo que vi depois que já corria. Sentia que precisava ir lá, correr e conferir de perto como era. Talvez por influência da televisão e das pessoas que sempre perguntavam se eu já tinha corrido a São Silvestre e nem ligando para a minha meia maratona sofrida sub 2 horas naquela época. Aproveitando que meus tios moram em São Paulo, fui me aventurar em terras paulistas para ver in loco a São Silvestre.

Em 2011, dei o azar tradicional e a corrida mudou o local de chegada. A largada ainda era à tarde e foi na Avenida Paulista, mas chegamos no Parque do Ibirapuera. Naquela tarde choveu muito. O parque virou um pasto, foi horrível. Pior foi meus tios terem que se deslocar da Paulista para o Parque para nos esperar, sendo que depois tivemos que voltar para a Paulista, onde estava o carro. Em 2011, conferi de perto aquele monte de gente e a impossibilidade de correr decentemente nos primeiros quilômetros. Melhora um pouco nos quilômetros finais, mas é complicado correr. A largada é um tumulto e é bem fácil você ser atropelado por pessoas que querem aparecer na televisão e ficam fora de si ao ver câmeras.

Apareceu a oportunidade e fui para a São Silvestre também em 2012. Nem era um plano como foi no ano anterior. Deu certo fui. Em 2011, fui com meu primo Fernando e a Michelle. Em 2012, com os amigos Marcelo, Luana e Rafaella. Novamente, fiz uso dos meus tios para ter hospedagem garantida. Neste ano, a chegada voltou para a Paulista e a largada passou para de manhã. Devo dizer que essas duas mudanças deixaram a corrida muita melhor. Em 2012, estava voltando de uma quase lesão na canela e correndo bem leve. Como fui sem me preocupar com tempo, larguei com calma, sem pressa e percebi que o tumulto era algo recorrente em qualquer lugar que se largasse. A parte mais legal foi chegar na Paulista. Realmente, é outra sensação sair da Brigadeiro, entrar na Paulista e ali ser a reta final da corrida.

Pois bem. Depois destes dois anos, não me apetece mais ir correr a São Silvestre. É fim de ano, tem que pegar avião, comprar passagens e tudo isso para não conseguir correr decentemente. Na São Silvestre não consigo fazer isso. Falam que é uma festa, uma celebração. Sim, é, mas eu queria correr nessa festa e não ficar naquele tumulto de 30 mil inscritos mais o dobro de pipocas. Quase uma procissão. Decidi que só volto para a São Silvestre o dia que a largada for melhor organizada e houver uma possibilidade real de correr. Prefiro as provas onde consigo desenvolver o ritmo que pretendo, mesmo que com muita gente, tipo a Golden Four. Enquanto isso não acontecer, passar o fim de ano em Floripa é muito mais agradável e mais em conta.

Como estou em Floripa, é muita coisa para fazer e ficar em função de uma corrida de fim de ano. Pelo menos, não teria custo com a hospedagem. No entanto, caso eu morasse em São Paulo e arredores, certamente a São Silvestre poderia fazer parte da minha lista de corridas (mesmo sendo uma bagunça), tal qual a Meia de Floripa, na qual vou desde 2011, e a Corrida de Angelina, onde estive em 5 das 7 edições. Para quem vai, para quem foi e para quem for na São Silvestre, divirta-se. Encare como uma festa e tudo vai dar certo. Um dia eu volto, mas não tenho vontade nenhuma. Voltamos em 2016. No caso, amanhã. Feliz ano novo, pessoal!

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