PFC

O antes da meia

Na sexta-feira, falei do que esperava para a Meia Maratona de Florianópolis. No post de hoje, vou falar do antes da prova. O durante vai ser só amanhã. Afinal, tenho uma viagem a fazer e vou preencher os dias com um mesmo tema em dois textos. Até acho que fica menos cansativo. Nas últimas quatro semanas, consegui fazer todos os treinos dentro do previsto, inclusive os dois intervalados de cada semana. Estava tudo bem encaixado e fluindo. A expectativa para a meia era boa. Comecei a pensar em como ia fazer já na quinta-feira. Em princípio, sexta era folga de tudo, até das escadas.

Só que um agendamento que estava esperando do carro na concessionária apareceu e me fez mudar um poucos os planos. No começo da tarde de sexta, deixei o carro lá e voltei para casa correndo. Depois, fui correndo para buscá-lo no fim tarde. Essa ida e volta deu pouco mais de 2 km cada. Estava chovendo e não parecia a melhor ideia, mas mantive o plano. A pior parte foi quando deixei o carro. Logo nas primeiras passadas indo para a Beira Mar, senti bem de leve aquela dor que vem do nada, desta na perna direita. Não sei se foi o tempo sentado no carro para sair correr logo em seguida. Sei que não gostei do que senti porque as lembranças não eram boas.

O 100% de sexta de manhã não existia mais. No sábado, o trote pré-prova de 31 minutos também não foi totalmente sem incômodo. Depois de um tempo correndo, aquecido, até ficava melhor, mas com certeza tinha alguma coisinha fora do normal ali. Maldita hora que desci do carro e saí correndo. Às vezes, nos mais simples movimentos, que sempre fazemos, é que aparecem as coisas que nunca imaginávamos que pudessem existir. Bom, a dor estava ali, mas era leve e passava com aquecimento. Fiquei acreditando que era um mal-estar passageiro. No dia da prova, não incomodou. Ainda não voltou totalmente ao normal, mas não ficou dolorido a ponto de prejudicar a corrida. Fora isso, fiz o planejamento para a meia maratona:

  • Desliguei o lap automático do GPS. Foi manual, de acordo com as placas da prova. Para não ficar preocupado com GPS apitando antes, decidi acreditar na prova. Só duas placas deram BEM diferentes. O resto foi normal.
  • Aqueci antes da prova de forma decente, finalmente. Na Meia de Floripa e na Golden Four SP fiz meio matado. Ontem fiz 16 minutos, com acelerações de 10 e 30 segundos. Foram mais de 2 km de aquecimento.
  • Não usei gel nem bananinha doce nem isotônico. Queria fazer uns testes. Só tomei água no km 12 e no km 18 e foi coisa rápida, só para molhar a garganta. Mais da metade da água ficou no copinho.
  • Corri em jejum. A última coisa que comi foi às 17h de sábado. Depois, só um copo de água no domingo de manhã e fui para a meia. Só fui comer depois da prova e de trocar a roupa, por volta das 9h.
  • Tentar passar cada 5 km em 23:45 ou menos. Cada 7 km em 33:00 ou menos (esse dos 7 km decidi durante a prova). Por isso, foi importante confiar nas placas. O ritmo da volta me dizia uma coisa e às vezes a parcial da prova me dizia outra. O tempo total foi mais útil.
  • Os primeiros 7 km eram a pior parte da prova. Nesta parte, passamos pelos viadutos três vezes, subindo e descendo, o que quebra um pouco o ritmo. Queria manter um padrão ali para recuperar depois.

Aí em cima está bem detalhado, mas basicamente era lap manual, aquecimento, sem gel, em jejum, só água e parciais de tempo. Quem me segue nas redes sociais já sabe o resultado e quem só lê aqui também vai saber. Fiz meu recorde mundial pessoal na meia maratona: 1:38:43. Amanhã conto como foi a prova em si.

8 thoughts on “O antes da meia

  1. Aê! Tem dia que é dia mesmo, né? Parabéns, Enio! Corri ontem a Meia Maratona Caixa de Recife e acho que poderia ter baixado de 1:40 ou pelo menos melhorado o recorde pessoal, mas tive medo de puxar por ter me machucado a algumas semanas e ter reduzido os treinos desde então. Quando notei que tava dando tudo certo, já não dava mais tempo de recuperar; terminei em 1:43. Qualquer dia desses te alcanço 🙂 Parabéns!

    1. Tem dia que as coisas simplesmente vão e vão. Vi pelo seu Garmin que começou conservador e foi aumentando.
      É uma bosta descobrir só no meio que dava, mas o seu tempo foi bom.
      A coisa mais fácil do mundo é me alcançar.
      Valeu!

  2. Parabéns Ênio!

    Mas sinceramente te acho maluco (ou um super humano?) por correr uma meia em jejum, pior a última refeição ter sido no dia anterior as 17hrs!
    Com certeza eu cairia duro, já fiz longos em jejum, mas ouve um caso que minha visão quase apagou e caiu minha pressão.

    Abraço!

    1. É tudo questão de treino e adaptação. Acredito que a alimentação ajuda muito no jejum.
      Queria ver o que acontecia. Deu muito mais certo. Não faltou energia nem nenhum outro problema. Vou continuar testando.
      Valeu!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *