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“Onde fica a policlínica?”

Separei já vários temas para falar por aqui quando não tiver outro assunto, mas me falta vontade para escrever e desenvolver alguns. Por sorte, cada dia de treino pode render um post, mesmo que seja só sobre o treino em si. Ainda posso ter a ajuda de fatos que acontecem durante o treino para dar uma preenchida no texto.

Hoje fiz meu treino mais longo até agora nesse último retorno. Foram 9,78 km em 1:00:28, com os últimos 4 km em ritmo bem interessante. Quando saí de casa, estava com a ideia de ir na Beira Mar, fazer as voltas por lá e pronto. O tempo que desse estaria bom.

Antes de chegar na Beira Mar de fato, sempre dou umas volteadas nas ruas perto de casa para fazer o começo do treino. Gosto de chegar lá já aquecido, com 2 ou 3 km, para aproveitar bem o asfalto plano e sem trânsito. Só que nem tudo sai como a gente quer. Na primeira esquina, já tive um empecilho que me fez mudar a direção.

Deveria virar à esquerda, mas o movimento de carros na rua me impediu. Tive que continuar reto. Mais à frente, mudei o percurso por conta e fui no sentido contrário à Beira Mar. Neste momento, percebi que não ia mais ter treino por lá. Seria nas ruas da cidade mesmo. Como já conheço um pouco a região, fui costurando as ruas e fazendo uma volta boa.

Fui até o shopping e voltei. Quando estava mais perto de casa, inventei mais uns vai e volta nas ruas para correr mais do que os 57 minutos da semana passada, meu maior tempo de rodagem até então. Quem corre mais de 57 minutos pode correr 1 hora, né? Foi pensando nisso que estiquei o treino um pouquinho mais para passar dos 60 minutos.

Em nenhum momento senti dor no pé. O que me incomodou um pouco foi o joelho bichado, aquele com a rotura no menisco. Quando acelerei o ritmo ele reclamou. Depois, acho que se acostumou, mas mesmo assim não estava igual ao início do treino. De toda forma, o 7º km saiu em 5:52, o 8º saiu em 6:07, o 9º em 5:45 e os quase 800 metros finais em 5:29.

O 8º km ficou em 6:07 porque foi um momento em que não sabia se tentava manter o ritmo do 7º ou se relaxava porque o anterior já havia sido bom. Como decidi ter mais 2 km, dei uma acelerada nesses quilômetros restantes e fiquei bem satisfeito. A média geral no fim do treino ficou em 6:11 min/km. O ritmo um dia deve voltar. O mais importante agora foi ter chegado a 1 hora de treino sem me sentir morto e sem dores.

Para terminar, vamos falar do título. Estava começando o treino ainda. Nem tinha chegado no 2º km. Estava na sofreguidão do início, correndo a 6:17 e um carro vem na minha direção (corro sempre que possível na contramão), desacelerando e do nada vem a pergunta do título: “ei, onde fica a policlínica?”. Aí me quebrou. Gosto de ser simpático e responder as coisas, mesmo que seja para dizer que não sei e mesmo correndo risco de ser um golpe ou assalto. Só que no meio do treino é complicado.

Pior que lembro que tinha acabado de passar pela policlínica. Naquela fração de segundos de surpresa pela pergunta, decidi que ia continuar correndo e só tentei falar bem alto: “segue reto, vai em frente que vai chegar na policlínica”. Não sei se falei tudo isso, mas a intenção foi essa. Olhei para trás e vi o carro seguindo. Só depois que respondi me dei conta que a policlínica era na rua de cima.

Lembro que passei na frente dela e estava com muitas pessoas na frente, mas naquele momento não consegui raciocinar direito. Tentei ajudar, mas é tudo muito rápido. A pergunta de surpresa, pensar em parar ou não, processar uma resposta e continuar correndo, tudo isso ao mesmo tempo é complicado. Sim, eu tinha que dar alguma resposta. Não conseguiria simplesmente ignorar a pergunta e fingir que não era comigo. Espero que eles tenham conseguido chegar na policlínica. Se chegaram, certamente não foi por minha causa.

2 thoughts on ““Onde fica a policlínica?”

  1. Eu gosto de correr sempre no mesmo trajeto por varios motivos:
    1) Nao consigo correr e ter que ficar escolhendo caminho. Por isso gosto de corrida, pq sei onde ‘e o caminho, nao preciso ficar pensando. Corro sempre no mesmo parque, a mesma volta, na mesma direcao e isso me faz bem feliz.
    2) Pior que isso ‘e gente querer fazer amizade na corrida. Eu lembro de uma meia que uma menina ficava puxando papo, e ele tentando ir no meu ritmo, e eu, a mesma coisa, querendo ser simpatica, quebrou meu ritmo, nao fiz o tempo que eu queria, depois do km 17 ela ficou pra tras (logico, apertei tanto que consegui me desvencilhar) aprendi que, o unico momento que podemos ser curtos e grossos ‘e durante a corrida
    3) Nosso amigo Meb, ja vi ele parando treino pra tirar selfie com o povo. Era treino pre’ seletiva das Olimpiadas. Depois disso repenso se eu continuo a ser curta e grossa qdo corro. Nem todas as pessoas sao boas nesse mundo. Eu nao sou.
    4) Joelho. Esse ‘e o cara que me persegue.
    5) Da proxima vez que ter perguntarei fale ” Vira a primeira direita e primeira a esquerda” , pra qualquer coisa.

    1. Meu local principal de treinos é a Beira Mar, mas quando sei que posso me sabotar e fazer um treino mais curto do que deveria, vou pelas ruas da cidade. Ou quando quero variar o local. Sempre no mesmo lugar fica chato. Por já conhecer bem a região, vou meio sem pensar, mesmo que algumas pessoas insistam em tentar me atrapalhar. Sei onde vai dar e por onde voltar.
      Fazer amizade durante a corrida é inadmissível haha. Corrida não é para conversar, a não ser que já esteja pré-estabelecido entre você e a pessoa QUE VOCÊ JÁ CONHECE! Mesmo assim, durante a corrida o que menos se faz é conversar.
      O Meb corre a 3 por 1 haha. Ele recupera rapidinho. Só paro se for um treino muito vagabundo. Senão, só diminuo e fico trotando, mas parar de correr é bem difícil.
      Descobri que quanto mais devagar eu corro, mais meu joelho incomoda.
      Falar para ir reto usa menos palavras e dá tempo de passar a informação completa, ainda que errada haha.

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