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O caminho para a água

Durante muito tempo, tipo uns 23, 24 anos, vivi à base de refrigerante e sucos em pó. Apenas lá por 2010 que resolvi começar a mudança. Decidi parar de tomar refrigerante por um tempo. Sempre li que fazia mal, sempre soube disso, mas era tão bom. Só um pouquinho não faz mal, né? Qual o problema de tomar dois, três copos por dia? Não deve ter nenhum. Pois bem. Em algum momento, eu iria perceber que essa frequência não faz bem a longo prazo. Assim como percebi quando criança que tomar banho era fundamental e que sem isso a convivência em sociedade não seria muito fácil.

Com o tempo, você se acostuma e gosta da ideia de tomar banho. Viver sujo e fugindo do banho é daquelas coisas que sempre fazemos quando somos crianças. Lá por 2010, comecei o processo de largar o refrigerante. No começo, o pessoal do trabalho estranhou, mas segui firme no propósito. Em termos de ficar sem refrigerante, o sucesso foi total. O problema foi que substituí por coisas não muito mais saudáveis, tipo sucos em pó e em caixinha. No entanto, só interromper o consumo de refrigerante fez eu perder peso e medidas em pouco tempo, como nunca tinha acontecido.

Logo fiz a ligação de menos peso e correr mais rápido, mas naquela época nem com 50 quilos eu conseguiria correr alguma coisa. Não treinava direito e não ia adiantar muita coisa ser leve. Pelo menos me motivou. Ao longo dos anos, fui deixando de lado os sucos também. Demora, mas você percebe que a diferença entre refrigerante e esses sucos é quase nenhuma, os dois fazem mal igual e tem açúcar de monte, para ficar em um dos ingredientes. Talvez a maior diferença seja o gás no refrigerante. Depois de abandoná-lo, quando tomo um copo que seja fico um bom tempo arrotando, já desacostumado com o gás.

Eventualmente, ainda tomo refrigerante, mas quando faço, opto pelas versões zero, pelo simples fato de ter menos carboidratos do que a versão normal. É menos pior, apenas. O processo até chegar a água ainda foi mais demorado. Depois de abandonar os sucos em pó e de caixinha, ainda não me dei por vencido e insisti nos sucos naturais. Foi mais um tempo até perceber que o suco natural é o que pior pode vir da fruta, já que nele só fica basicamente a frutose, o açúcar da fruta. Sim, o açúcar que vinha tentando evitar, ficava na sua versão mais concentrada.

É um processo natural, acredito, depois que você lê e aprende o mínimo sobre alimentação, abandonar todos essas bebidas, principalmente as que estão em embalagens, caixas e recipientes e optar pela água. Suco verde antes das refeições, talvez, mas basicamente vivendo com água. Tudo melhora. Aí você vai dizer que nem a água é pura e tem coisas lá que vão fazer mal. Verdade. Pode haver, mas o bom não pode ser inimigo do ótimo. A pior água é mais aceitável do que o melhor refrigerante. Foram uns quatro anos até este momento de optar por água na maioria das vezes.

Claro que não sou radical. Vez ou outra tomo suco natural (torcendo para ser mesmo natural). Sem açúcar, obviamente. Raramente opto pelo refrigerante, mas ocasiões especiais podem ser uma boa oportunidade. Os efeitos posteriores já são conhecidos, mas, como é muito raro, não é a pior coisa do mundo. Já esses sucos em caixinha e em pó tento evitar sempre. Se for para tomar suco com açúcar, que seja natural. Tendo a opção de escolher água, em 99% das vezes vou de H2O. Até água de torneira está valendo. Depende da situação. O caminho para a água pode demorar, mas chega, se você quiser.

4 thoughts on “O caminho para a água

  1. Boa, Enio! Já não tomo refrigerante (nem uma gotinha!) desde abril de 2013. Passei pelo mesmo processo: troquei por sucos, vi que eles também não eram tão legais, depois passei água de coco, e hoje em dia quase só bebo água, leite e café. Costumo tomar um suco verde com beterraba, couve e espinafre pela manhã, mas só. Suco de fruta só de vez em quando e sem açúcar. De vez em quando me dá vontade de tomar uma Coca Zero, porque eu era viciado em Coca-Cola, mas resisto. A gente muda aos pouquinhos, começa a ver os benefícios, se anima pra se manter na linha e, mais cedo ou mais tarde, se acostuma. Baby steps…

    1. Exatamente. No começo parece impossível, mas aos poucos a gente vê que funciona.
      Eventualmente dá para tomar algo diferente. Não mata e até faz bem. Ou mal, já que desacostumamos hehe.
      Gosto de tomar Coca Zero depois de uma grande corrida ou grande objetivo atingido.
      Mas nem lembro às vezes.
      Café bebo raramente. E sem açúcar. Leite nem pensar.
      Água de coco só se for natural. As de caixinha são pior que suco.

  2. Gostei muito desse post. Eu ja nao tomo refrigerante faz um tempo, e como vc falou, raramente bebo suco tambem (so quando eu bato no liquidificador). Acho que o meu problema hoje ‘e dizer para todo mundo que eu nao bebo mais, nada de alcool. Eu nunca fui de beber muito, mas sempre quando ia a algum amigo, aceitava uma taca de vinho (umazinha so… nao faz diferenca). Eu nao vou mentir que eu gosto de uma taca de vinho, mas nem lembro mais o sabor. Esses dias fui a um encontro de meninas, levei minhas 2 garrafonas de agua. Muita gente acha que eu to gravida ahahah mas sim, a dica ‘e : Ande com garrafas de agua pra cima e pra baixo. “e o que eu faco.

    1. Nunca tive relação com bebidas alcoólicas, nunca gostei.
      Mas dessas todas aí, o vinho é a melhor opção. Uma taça não faz mal nenhum, penso eu.
      O problema é se você não consegue parar na primeira haha.
      A vantagem de beber água é que tem em qualquer lugar, nem que seja da torneira.

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