PFC

Dois quilômetros no paraíso (ou quase isso)

dois quilômetrosNa sexta-feira falei que estava na dúvida se arriscava ou não tentar correr um quilômetro que fosse. Alguns comentários me motivaram a pelo menos tentar. Só que não no sábado. Estou em um momento em que deixo tudo por conta do meu corpo. Quando ele quer acordar, a gente acorda e vamos para o que o dia nos reserva. Sem despertador, sem ficar preso em horários.

No sábado, como tinha que retirar o kit do K21 Costa da Serra pela manhã, não consegui correr. Acordei depois das 8h e ficou inviável. No domingo, a hora de acordar foi quase a mesma, mas os compromissos inexistiam. Então, o que restou? Aproveitar esse clima bom de outono e inverno e sair para tentar correr. Fazer um teste para confirmar se ia sentir dor ou não.

Comecei bem devagar. Muito, por sinal. Fiz 2 minutos andando quando saí de casa. Tudo para deixar o sinal do GPS se localizar bem. Mais de vinte dias sem uso ia dar uma embaralhada no sinal. Quando chegou no segundo minuto, comecei a correr. Sim! Já podia chamar de corrida. Estava mais para um trote, mas fui sem me preocupar com o ritmo. Só com a postura, as passadas e se a dor ia aparecer.

O 1º km passou e nada de errado apareceu. Achei que podia arriscar e tentar mais 1 km. Correr nem 10 minutos não parecia suficiente. Fui para o 2º km e decidi acelerar mais. Sim, preciso ir devagar nessa tentativa de retorno, mas se eu voltar a correr vai ser para tentar correr rápido. Então, já quis testar ali, mesmo sabendo que podia dar problema. Foram duas notícias: não doeu nada e corri 1 km a 5:07.

Depois desses dois quilômetros, fiz o resto andando, deu três minutos, até chegar em casa. Foi um bom indicativo. Sem dores por 2 km, sendo um a 6:51 e outro a 5:07. Não senti nenhuma dor. Só aquela sensação de que algo está diferente, de que pode doer a qualquer instante, aquele medo de sentir dor novamente. Quando voltamos de uma lesão, sempre fica isso passando pela cabeça.

Foi assim ano passado, quando voltei da lesão muscular. Estava tudo perfeito, mas sempre parecia que tinha algo incomodando e que ia dor a qualquer instante. Foi quase um mês assim até passar essa sensação e nunca mais doer nada. O momento é de cautela. É um bom sinal não sentir dor, mas não vamos abusar nem empolgar.

Hoje é descanso e amanhã vou fazer mais um teste para ver o que acontece. O objetivo não é ser rápido nem correr muito: é simplesmente correr. O objetivo é continuar sem dor alguma até a Meia de Floripa. Não vou estar preparado, mas quero estar em condições de correr 21 km sem dor. Vai cansar, vai faltar fôlego, mas o plano é completar pela sexta vez seguida a prova. Em breve, cenas dos próximos capítulos.

2 thoughts on “Dois quilômetros no paraíso (ou quase isso)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *